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A política de bagagem da Wizz Air trouxe problemas

Airbus A320 da Wizz Air no Aeroporto Internacional de Turku
Na última vez em que voamos com a Wizz Air, fazia sol. Infelizmente, o atendimento ao cliente da companhia foi menos agradável do que o tempo.

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Em 2018, a Wizz Air implementou, de forma inesperada, uma política de bagagem pouco convencional, o que gerou vários percalços. A companhia, porém, acabou contornando esses obstáculos com bom humor. Embora a política de bagagem atual continue rígida, vale a pena conhecer nossas experiências lendo este relato.

Em 2018, enfrentámos um aperto por causa da política de bagagem da Wizz Air. Embora as regras já tenham mudado, esta história é um exemplo ilustrativo dos problemas que podem surgir com normas rígidas.

Política de Bagagem da Wizz Air em 2018

Wizz Air costumava estar entre as nossas companhias low-cost preferidas, como destacámos numa análise. No entanto, uma das nossas experiências com a companhia mudou a nossa perceção por causa da sua política de bagagem. A Wizz Air tinha alterado as regras sobre bagagem gratuita e, desta vez, isso trouxe problemas sérios. A flexibilidade a que estávamos habituados deu lugar a situações stressantes.

A Nossa Experiência com a Wizz Air no Aeroporto de Turku

Em julho de 2018, viajámos de Turku para Viena com escala em Gdansk pela Wizz Air. Antes do voo, lemos com atenção as regras de bagagem da Wizz Air e percebemos que apenas uma peça de bagagem de mão era permitida sem custo adicional. Por isso, arrumámos todos os nossos pertences numa única mala de mão. À partida, essa política pareceu aceitável. Porém, como a Wizz Air proibia itens pessoais extra na cabine, ficámos apenas com um volume de mão e nada mais.

No Aeroporto de Turku, aconteceu algo inesperado: o representante da Wizz Air pediu que ambos entregássemos a bagagem de mão para ir para o porão do avião. Isso significava deixar todos os nossos pertences em armazenamento. O representante informou-nos sobre uma política recém-implementada pela Wizz Air, que determinava que a bagagem de mão gratuita seria sempre colocada no porão. Assim, o que antes era considerado bagagem de mão deixava de o ser, e ficou claro para nós que não haveria exceções em circunstância alguma.

Dissemos ao representante da Wizz Air que não podíamos despachar a bagagem de mão para o porão devido à presença de dispositivos eletrónicos com baterias, medicamentos, chaves e outros itens proibidos. Infelizmente, a Wizz Air não quis ajudar. Declararam de forma explícita que só poderíamos levar a bagagem de mão na cabine comprando o embarque prioritário. Decidimos não adquirir esse extra, já que oferecia sobretudo prioridade na fila e não resolvia a nossa preocupação em levar itens essenciais na cabine. Portanto, independentemente do conteúdo, não podíamos levar a nossa bagagem de mão sem pagar por esse serviço desnecessário.

Felizmente, a Wizz Air apresentou uma solução que foi, no mínimo, fortuita ou até caricata. Concretamente, permitiram-nos levar os pertences essenciais na cabine dentro de um saco de plástico gratuito fornecido pelo aeroporto. No entanto, usar um saco do lixo preto revelou-se pouco prático, por isso recorremos aos bolsos e levámos alguns itens na mão.

Antes da aterragem, um dos tripulantes pediu-nos que colocássemos os portáteis debaixo do assento à frente. Curiosamente, na descolagem pareceu aceitável mantê-los no colo, já que a tripulação não fez qualquer reparo. A inconsistência das regras é um pouco desconcertante, e também não é agradável manter um portátil no chão.

Saco de lixo
A Wizz Air nos obrigou a despachar a bagagem de mão para o porão, mesmo contendo uma chave, medicamentos, um computador portátil e baterias de lítio. O aeroporto ofereceu este saco de lixo preto como forma de levar esses objetos de valor na cabine.

Como Foi Afetada a Segurança do Voo?

É possível que a política de bagagem da Wizz Air tenha reduzido a segurança do voo. As pessoas esperavam levar a bagagem de mão na cabine e colocavam nela itens inflamáveis, como baterias. No aeroporto, a bagagem era surpreendentemente enviada para o porão e esses itens perigosos permaneciam dentro das malas. No fim, o porão do avião ficava cheio de baterias de reserva e artigos semelhantes considerados perigosos, com impacto na segurança do voo.

O mais enganador era que a Wizz Air continuava a chamar à bagagem “bagagem de mão”, mesmo quando era enviada para o porão.

Maximizar o Lucro - Minimizar a Qualidade

Interrogámo-nos sobre a razão de colocar toda a bagagem de mão no porão. É compreensível que o manuseamento de bagagem nos aeroportos acarrete custos significativos para as companhias aéreas, e enviar a bagagem de mão para o porão acrescenta custos. Por isso, o arranjo parecia paradoxal. Normalmente, as companhias só enviam bagagem de cabine para o porão quando todo o espaço a bordo se encontra ocupado, e o pessoal costuma procurar voluntários dispostos a despachar a sua bagagem.

Presumivelmente, a Wizz Air implementou esta nova política para complicar a experiência de viagem e, de forma subtil, incentivar a compra do Embarque Prioritário. Embora o embarque prioritário antes nos parecesse desnecessário, ele garantia que a bagagem de mão ficava com o passageiro na cabine. A Wizz Air provavelmente calculou que a receita adicional gerada pelo aumento da adesão ao embarque prioritário compensaria as despesas de manuseio de carga. Muita gente estava disposta a pagar pelo embarque prioritário para evitar incómodos no aeroporto e não ter de esperar pela mala do porão ao chegar ao destino.

Airbus A321 da Wizz Air no Aeroporto de Gdańsk
Infelizmente, desta vez o atendimento ao cliente foi insatisfatório; ainda assim, vale destacar que as aeronaves da Wizz Air continuam muito bonitas. Além disso, os voos transcorreram sem percalços.

Conclusão

Em 2018, a política de bagagem da Wizz Air estava longe de ser amiga do cliente. Esta companhia low-cost, que já foi a preferida de muitos, passou a partilhar a mesma escala de avaliação que a Ryanair devido a esta experiência. Além disso, em termos de atribuição de lugares, a Wizz Air também começara a separar pessoas que viajavam juntas sem qualquer explicação lógica. Para piorar, cobravam um valor extra a quem quisesse sentar-se lado a lado.

Embora a Wizz Air continue a ser uma opção, recomendamos considerar outras low-cost, como a Transavia ou a Norwegian Air Shuttle. Estas companhias têm demonstrado oferecer melhores serviços e priorizar a resolução de problemas que aumentam a satisfação do cliente, em vez de tornar a experiência de voo mais desagradável.

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Destinos: Hungria

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